RESUMO
Este livro trata da construção, na prática social, da Atenção Primária à Saúde (APS). Portanto, há que se perguntar preliminarmente que APS se deseja construir? Essa pergunta faz sentido, tendo em vista que existem diferentes decodificaçõesde APS. A interpretação mais restrita da APS seletiva a entende como um programaespecífico destinado a populações e regiões pobres, às quais se oferta um conjunto restrito de tecnologias simples e de baixo custo, sem possibilidades de acesso a tecnologias de maior densidade. A interpretação da APS como o nível primário do sistema de atenção à saúde concebe-a como o modo de organizar e fazer funcionar a porta de entrada do sistema, enfatizando a função resolutiva desses serviços sobre os problemas de saúde mais comuns. E a interpretação mais ampla da APS como estratégia de organização do sistema de atenção à saúde que a compreende como uma forma singular de apropriar, recombinar, reorganizar e reordenar todos os recursos desse sistema para satisfazer às necessidades, demandas e representações da população, o que implica a inserção da APS em Redes de Atenção à Saúde (RAS). Há que se ressaltar que no SUS, ainda que o discurso oficial seja de APS como estratégia, na prática social essas três vertentes de interpretação dos cuidados primários se apresentam, coetaneamente, na prática social. É tempo de superar as duas primeiras interpretações e consolidar, definitivamente, a APS como a estratégia de organização do nosso sistema público de saúde. Isso implica superar o ciclo vigente da atenção básica em saúde caracterizado pela expansão do Programa de Saúde da Família (PSF) que não obstante seus bons resultados esgotou-se pela permanência de problemas estruturais que permanecem.
Assuntos
Atenção Primária à Saúde , Sistema Único de Saúde/organização & administração , Sistemas de Saúde/organização & administração , Brasil , Conselhos de SaúdeRESUMO
A prática cotidiana de gestão do Sistema Unico de Saúde (SUS), em qualquer esfera de governo, seja federal, estadual ou municipal, coloca um enorme desafio aos gestores. Sabendo-se da importância da estrutura organizacional para a efetividade da gestão em saúde e levando em conta os eixos estruturantes da reforma do sistema público de saúde, a partir de 2005, adequou-se a estrutura organizacional na Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia, com o objetivo de aperfeiçoar o processo de planejamento e gestão do sistema em todos os níveis. Esta estrutura busca desenvolver processos de trabalho horizontais, evitando os distanciamentos da estrutura verticalizada. O novo desenho organizacional contém princípios de comando múltiplo e de responsabilidade compartilhada. A nova estrutura organizacional conseguiu dar mais agilidade às ações, permitindo avanços importantes pela atual gestão.